segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Divagação Humorística 2 - "Pingo-Doce"

Não sou fã do Pingo-Doce, sinceramente. Antigamente, ainda apreciava qualquer coisa quando na televisão se ouvia monotonamente o locutor habitual do P.D. ( é assim que trato este hipermercado , acho que dá mais estilo) a falar sobre as receitas que se podiam fazer com os ingredientes comprados no mesmo, como se comprado no LIDL, Continente ou num mini-mercado até não fosse a mesma coisa. Mas agora é grave, o P.D. tornou-se muito imperativo, muito controlador do povo. A publicidade deles é muito autoritária:” PINGO-DOCE, VENHA CÁ!”, na qual eu me viro com firmeza para televisão e respondo, da mesma forma melódica “ NÃO VOU NÃO, NÃO MANDAS EM MIM!” e sinto-me uma espécie de rebelde, o que até é agradável. Sim, eu contento-me com pouco.

E se lá for, fico sempre desiludido, porque os funcionários do P.D. parecem muito mais simpáticos do que o que são na realidade. Na televisão estão sempre a sorrir para nós, a acenar com os cinco dedos de um lado para o outro e a cantar, enquanto na realidade se tentamos interagir com eles ainda acenam mas só com um dedo, para frente e para trás e a berrar, se é que me entendem.

Vá, estou a ser maroto agora, eles não faziam isso acho eu. Mas que desilude à mesma desilude.  A única coisa que têm de bom, é o facto de entrarmos lá e eles felizmente não estarem a cantar a música como constantemente o fazem na televisão. Já que a ouvem poucas vezes, aqui vai um presente para vós:


A parte introdutória está espectacular. Até começo a lacrimejar quando vejo aquilo. E a letra? Ui: "O Mundo roda e tudo muda sem parar/ Mas uma coisa permanece igual". O que será? Os princípios do povo? As Leis da Natureza? O José Herman Saraiva? Não. "A qualidade e o preço baixo do Pingo-Doce", pois é. Ah, e também uma treta qualquer sobre "o nosso amor por Portugal", nada importante. Que não deve ser mesmo para colocarem a bandeira ao contrário e tudo. 
E usam a palavra "fresquinho" o que é sempre bom.

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